Lady Insanity

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"Oh, I'm not gonna kill you, I'm just gonna hurt you… really… really… BAD!"
Joker. Suicide Squad’s Trailer


O homem finalmente conseguiu abrir os olhos. Sentia tontura, a cabeça parecia pesada, e uma dor se irradiava da sua nuca. Lembrava-se de um rosto que conhecido de um passado deturpado o abordando enquanto pegava o elevador da empresa. E depois disso tudo ficou escuro.
Agora ele estava em um local desconhecido. As paredes sujas e repleta de manchas, do longo espaço, e as poucas luzes que pendiam acesas do teto, piscando e zunindo como se não fosse ligadas há tempos lhe deram a impressão de estar em um galpão abandonado. Mas não foi isso que o aterrorizou. 
Parado a sua frente, o analisando como se ele fosse um anima enjaulado, pronto para experiências que só poderiam ser agourentas, estava uma mulher. E atrás dessas um suporte repleto de ferramentas. Os olhos de um azul acinzentado o fitavam de maneira curiosa, como se esperasse para o momento em que ele fosse acordar.
— Por favor, não me mate. — Implorou o homem, os cabelos de mechas descoloridas num tom de dourado estavam grudados na testa pelo suor do esforço em tentar se desprender das amarras. Os pulsos começavam a doer se esfolando nas tiras de couro.
A mulher que olhou para baixo, um riso nasalado saindo dos lábios. Então o ruído cresceu, os ombros começaram a se sacudir e a risada se transformou em uma gargalhada ao ponto de ela jogar o pescoço para trás, entregue ao som estridente e gélido que saia dos lábios. 
— Não seja tolo. — Disse conseguindo se recompor. A voz trazia certo desdém.
A risada e a frase apenas causaram mais confusão no outro. 
— Você não... V-vai me ma-matar? — um questionamento imbecil de se fazer, como se ele quisesse que ela fizesse isso.
 Era muito cedo para tal anseio, pensou ela.
A mulher balançou a cabeça, o movimento lembrando a oscilação de uma víbora, fez com que os volumosos cachos negros oscilassem ao redor do rosto. Ela deu alguns passos na direção do homem, contornando a cadeira em que ele estava e passando as unhas pelos bíceps masculinos. 
— A Morte é muito... simples... — se inclimou sobre suas costas, até ter os lábios na altura do ouvido dele — Fácil...  — ele podia não ver, mas havia um sorriso em no sussurrar. — A vida que mais difícil... — Continuou ela, agora andando para o local onde estavam penduradas suas lâminas e outras ferramentas que ele não gostaria nem de imaginar para o que serviam.
 — Eu não pretendo te matar... — declarou ela, virando-se para olhá-lo no fundo dos olhos, um sorriso se alargando em seu rosto lentamente, todos os dentes brilhando de maneira sinistra — Eu apenas quero te machucar... — afirmou escolhendo uma adaga de arremesso e o fitando com olhos faiscando em insanidade — muito, muito, mesmo! 
A frase mal terminou de sair de seus lábios, e ela já havia atirando a lâmina que o acertou no ombro. O grito que ecoou dele foi lancinante, carregado de sofrimento, e aquele foi só o primeiro de muitos.
Logo ele desejaria que ela o tivesse matado.

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